Apurado pelo site correiobraziliense
Que decisões irão tomar os ministros do Supremo, tendo à frente o relator das fake news, quando as investigações deflagradas por essa egrégia corte demonstrarem, de forma cabal, que as fontes principais por onde jorra em grandes torrentes a água suja das notícias falsas estão localizadas em terras da esquerda?
Essa é apenas uma questão que pode definir muito o comportamento desses juízes frente a verdades insólitas. O que se sabe até o momento é que essas práticas criminosas compõem hoje um arsenal de ambos os lados ideológicos, embora a patente dessa invenção pertença originalmente às esquerdas, sendo, inclusive, um dos itens constantes nas cartilhas políticas dessas facções.
É preciso observar toda a cena de longe. As nuances entre verdades e mentiras, inclusive as chamadas pós-verdades e mentiras sinceras. De fato, a mentira é um dos componentes fundamentais do ambiente político. Sem esse recurso, encontrado em todo o mundo animal, como mostram as camuflagens e outros mecanismos biológicos para encontrar alimentos e se proteger, o que seria da vida sobre a Terra? Sem mentiras não se faz política. Muito menos em um país como o nosso, onde as fronteiras entre o certo e o errado são como fumaça.
Fôssemos levar ao pé da letra a criminalização das fake news, seria preciso colocar no xadrez, praticamente, cada político sobre cada palanque. Cada marqueteiro. Cada veículo de propaganda. Cada instituto de pesquisa de opinião. Nada é mais mentiroso do que uma Justiça que jamais atinge os poderosos. De todas as centenas de milhares de presos agora em nossas penitenciárias, não há um único representante de colarinho branco, nenhum corrupto. Essa não é apenas uma constatação, mas uma farsa e uma demonstração de que vivemos na Terra do Nunca, onde a verdade é sempre o que dizem os poderosos…