Verificado: Pfizer só admitiu agora risco cardíaco da vacina?

Apurado pelo site Observador 🇵🇹

Terá a farmacêutica americana reconhecido, quase três anos depois da criação da vacina, o risco aumentado de inflamações cardíacas? Várias publicações garantem que sim, mas a verdade é outra.
Terá a farmacêutica americana reconhecido, quase três anos depois da criação da vacina, o risco aumentado de inflamações cardíacas? Várias publicações garantem que sim, mas a verdade é outra.

Várias publicações, partilhadas milhares de vezes nas redes sociais, acusam a farmacêutica Pfizer de ter demorado mais de dois anos a reconhecer que a miocardite e a pericardite (dois tipos de inflamação do coração) são possíveis efeitos colaterais da vacina contra a Covid-19 Comirnaty, desenvolvida em conjunta com a Moderna, e administrada a centenas de milhões de pessoas em todo o mundo.

“Por que o Pfizer está avisando sobre miocardite e pericardite apenas agora, quase 2 anos após ter sido iniciada a pior campanha de vacinação de todos os tempos??”, questiona-se numa das publicações, onde se pode ver um excerto de um comunicado da farmacêutica — emitido a 13 de outubro de 2023 — onde se refere que existe um risco aumentado destas duas complicações na primeira semana após a administração da vacina contra a Covid-19.

O excerto do comunicado da Pfizer que consta das publicações é verdadeiro. A empresa alerta que a vacina de mRNA contra a Covid-19 aumenta o risco de miocardite (inflamação do miocárdio) e pericardite (inflamação do pericárdio, a membrana que envolve o coração), sobretudo na semana seguinte à vacinação. O risco é maior em jovens do sexo masculino entre os 12 e os 17 anos, sendo que a Pfizer lista os possíveis sintomas que podem surgir: dor no peito, falta de ar sensação de coração acelerado/agitado; no caso das crianças, podem ocorrer desmaios, fadiga incomum, vómitos ou dor abdominal…

Veja a apuração completa no site Observador 🇵🇹