Apurado pelo site E-Farças
A colagem de imagens circula há anos na web, mas sempre volta a ser compartilhada em grupos sobre ufologia e temas correlatos. Nela podemos ver uma estátua, que teria sido descoberta por arqueólogos no Equador, e uma escultura encontrada no local onde já foi a Mesopotâmia.
O curioso é que ambas imagens são muito parecidas, o que levanta algumas dúvidas: como povos separados por milhares de quilômetros e de centenas de anos criaram esculturas tão semelhantes? Será que alienígenas humanoides visitaram a Mesopotâmia e o Equador e foram representados pelos humanos em sua arte?
Será que essa história é real?
Já mostramos aqui no E-farsas que casos como esse aparecem aos montes na internet todos os dias e o tema atrai um público enorme. Geralmente, são pessoas que gostam de alimentar teorias da conspiração que envolvem “provas” de que alienígenas nos visitaram com suposto acobertamento dos governos mundiais.
Em outros casos, criam-se teorias sobre possíveis viajantes do tempo ou de outras galáxias, que deixaram objetos em épocas diferentes das originais, como explicamos na checagem sobre um relógio suíço encontrado em uma tumba de 400 anos, séculos antes da invenção do aparelho. Na época, explicamos que o local onde a tumba foi encontrada havia sido contaminado por alguém anos antes do início das escavações.
O exemplo acima serve para mostrar como é fácil se deixar enganar por “evidências” disseminadas nas redes sociais e nos leva ao caso da estátua supostamente feita por um povo que viveu no Equador ser muito parecida com uma escultura feita bem longe dali. Mas calma que vamos explicar a seguir.
A escultura representa o espírito protetor com cabeça de águia de Nimrud, e foi descoberta no Templo de Ninurta, em Ninrude (sítio arqueológico localizado em Calú). Atualmente está em exposição no Museu Britânico, em Londres (Reino Unido). Ela data algo em torno de 865 a 860 AC.
Quanto à estátua supostamente feita por povos antigos do Equador, trata-se de uma réplica feita recentemente, possivelmente entre os anos de 1960 e 70.
Em 1927, o missionário italiano Carlo Crespi chegou à região amazônica equatoriana de Cuenca, ganhando a simpatia e a confiança dos nativos, que passaram a presentear o sacerdote (em troca de algum dinheiro) com centenas de peças supostamente feitas por povos antiquíssimos…
Veja a apuração completa no site E-Farças