Verificado: A Pfizer mudou de nome para Viatris para não ser responsabilizada pela morte de vacinados?

Apurado pelo site E-Farças

O alerta começou a ser compartilhado na última semana de outubro de 2023, sendo espalhado através das redes sociais, e alega que a multinacional Pfizer teria mudado de nome para fugir do seu passado, quando sua vacina contra a COVID teria matado inúmeras pessoas.

Junto ao texto, o recorte da Resolução nº 3.910, que teria sido publicada no Diário Oficial da União no dia 16 de outubro de 2023, sobre a mudança de nome da empresa farmacêutica.  

Será que isso é verdade ou mentira?

No final de outubro de 2020, a Pfizer anunciou que iria cumprir a determinação da Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos (“FTC”, na sigla em inglês), sobre o desmembramento da Upjohn – braço da multinacional voltada para a produção de medicamentos genéricos.  

Na ocasião, a Pfizer foi obrigada pelo órgão responsável pela concorrência das companhias nos EUA a fazer o desmembramento devido à fusão que a farmacêutica havia feito com a Mylan, outra gigante do ramo.

É importante deixar claro aqui que a fusão e a mudança do nome ocorreram em outubro de 2020, meses antes da vacina contra a COVID-19 estar disponível para a população.   

O anúncio do novo braço da Pfizer só ocorreu no Brasil em junho do ano seguinte, no site brasileiro da empresa. Não há nenhuma menção às vacinas, visto que tanto a Nylan quanto a Upjohn eram empresas voltadas para medicamentos genéricos e não para imunizantes.

Uma busca pela Resolução da Anvisa nº 3.916 mostra que ela existe, de fato, e foi publicada no Diário Oficial da União no dia 16 de outubro de 2023. No entanto, o documento se refere a um pedido feito em 2021 para alteração da razão social da Pfizer. O nome “Pfizer Pharmaceuticals LLC” foi mudado para “Viatris Pharmaceuticals LLC”.

Frisando aqui que a empresa que desenvolveu a vacina contra a COVID-19 não mudou de nome e continua sendo “Pfizer Manufacturing Belgium NV”…

Veja a apuração completa no site E-Farças