No SNS, espera-se 5 anos por uma cirurgia urgente?

Apurado pelo site Observador 🇵🇹

Nas redes sociais está a circular uma publicação que sugere que há utentes do SNS que chegam a esperar cinco anos por uma cirurgia “urgente”. Mas a realidade está distante desta descrição.
Fact Check. Há quem tenha de esperar cinco anos por uma cirurgia urgente?

Nas redes sociais está a circular uma publicação que sugere que há utentes do SNS que chegam a esperar cinco anos por uma cirurgia “urgente”. Mas a realidade está distante desta descrição.

Uma publicação na rede social Facebook, com data de 12 de abril, sugere que o tempo máximo de espera para cirurgias urgentes pode chegar aos cinco anos. A publicação, que se refere ao tempo de espera para a realização de uma cirurgia no Serviço Nacional de Saúde (SNS), ironiza: “Não desanime. A sua vez há de chegar.”

Mas será que, dado o novo aumento generalizado dos tempos de espera para cirurgias e consultas (em resultado do aumento da referenciação e da recuperação da atividade hospitalar depois da pandemia), é possível que uma cirurgia urgente possa demorar cinco anos a ser realizada?

O Observador foi verificar isso mesmo ao Portal de Tempos de Espera do SNS. As cirurgias, à semelhança do acontece com as consultas, têm três graus de prioridade gerais: o nível de prioridade normal (em que a cirurgia tem de ser realizada até 180 dias após a marcação), o nível prioritário (em que se esse prazo se reduz para 60 dias) e o nível muito prioritário (15 dias). A estes graus de prioridade juntam-se ainda dois níveis para casos de doença oncológica, que exigem uma resposta mais imediata. Assim, uma cirurgia oncológica com prioridade normal tem de ser realizada pelos hospitais no prazo de dois meses (60 dias, em vez de 180), enquanto uma prioritária tem um prazo máximo de 45 dias (em vez de 60). Já quanto às cirurgias muito prioritárias, o tempo máximo de espera é o mesmo (15 dias)…

Veja a apuração completa no site Observador 🇵🇹