Falso: Vídeo mostra site falso para alegar que mortos teriam votado em 2022

Apurado pelo site UOL Confere

É falso que votos de eleitores falecidos tenham sido registrados em favor do candidato Luís Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022. De acordo com o TSE, é impossível consultar o voto de qualquer eleitor e o site citado em publicação é fraudulento.

Conteúdo investigado: Post com legenda perguntando o que o Supremo Tribunal Federal fará com conteúdo de vídeo em que mulher pede esclarecimento após ter visto, em consulta ao site “Veja Seu Voto”, que foram computados votos para Lula em nome de familiares que já morreram. E que o voto dela, que teria sido em Jair Bolsonaro, não foi registrado.

Onde foi publicado: X, Facebook e WhatsApp.

Conclusão do Comprova: Circula nas redes sociais um post que pergunta o que o Supremo Tribunal Federal (STF) fará sobre um vídeo no qual uma mulher diz que votos de três pessoas falecidas da sua família foram computados para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022, no município de Camaçari (BA). Ela mostra certidões de óbito e documentos impressos de um site chamado “Veja seu Voto”. Vídeos citando o mesmo site e com afirmações semelhantes — de que Bolsonaro teria sido prejudicado e, Lula, beneficiado — circulam pelo menos desde 2022. Esses conteúdos são falsos, uma vez que o voto é secreto e não pode ser encontrado em qualquer site ou portal.

A mulher do vídeo, identificada como Marlene, alegou que seus sogros e sua mãe, todos falecidos, “ressuscitaram” para votar em Lula. Ela também afirmou que o seu próprio voto em Jair Bolsonaro não foi computado. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu essa informação, confirmando que Marlene votou nas eleições de 2022 e que seu título de eleitor está regular. O órgão atestou que os títulos eleitorais dos mencionados no vídeo foram cancelados. Essas pessoas, falecidas em 2011 e 2016, não votaram nas últimas eleições presidenciais. Os seus nomes não constam nos cadernos de votação ou nas urnas eletrônicas.

O Tribunal também reafirmou que o voto é secreto, não sendo possível acessar a opção escolhida por cada eleitor em nenhum meio. “Como os votos são gravados de forma embaralhada em um arquivo chamado Registro Digital do Voto (RDV), nem a própria Justiça Eleitoral detém essa informação porque não há como associar o nome da pessoa ao número digitado ou à candidatura escolhida pelo eleitorado”, explicou o órgão…

Veja a apuração completa no site UOL Confere