Um vídeo que mostra uma vaca ferida com o pescoço e as patas traseiras cortadas circula pelas redes sociais com a informação de que membros do MST atacaram o animal. É falso. O fato aconteceu em 2017 e a investigação policial do caso não apontou indícios da participação do MST.
Apurado pelo site Lupa
Circula pelas redes sociais um vídeo que mostra uma vaca ferida, tentando se locomover. Ela teve suas patas traseiras cortadas e o pescoço degolado. Na gravação, uma mulher emocionada diz que sua propriedade foi invadida e que feriram o animal. A legenda afirma que os responsáveis pelos ferimentos na vaca foram integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
Se você não gosta de ver cenas de crueldade aconselho a não assistir esse vídeo. É uma cena desumana a onde pessoas do MST corta as pernas de uma vaca de uma pequena agricultora , uma agricultora que tem suas vaquinhas para tirar o leite para o sustento da família
A informação analisada pela Lupa é falsa. Os responsáveis pelos maus tratos com o animal que aparece no vídeo viral não foram integrantes do MST, de acordo com o delegado da Polícia Civil responsável pela ocorrência. O ataque à vaca ocorreu em maio de 2017 na localidade de Vila Kraemer, 5º distrito de São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul. A mulher que aparece nas imagens foi procurada pela Lupa, mas não retornou até a publicação desta checagem.
Em contato pelo WhatsApp, Guilherme Antunes, delegado regional de Santiago (RS), informou que houve instauração de inquérito policial para apurar a ocorrência e que a ação não teve nenhuma relação com membros do MST. Antunes acompanhou o caso na época e atualmente é o delegado regional do município de Santiago…