FALSO: Projeto de lei de ‘desaposentação’ não prevê corte de aposentadorias, ao contrário do que diz vídeo

Postagem no Instagram desinforma sobre proposta legislativa e tira de contexto fala de Lula sobre idosos ‘tirarem a bunda do sofá’; presidente comentava sobre a prática de exercícios físicos na terceira idade

Apurado pelo site Estadão Verifica

É falso que um projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) sobre desaposentação tenha como objetivo cortar a aposentadoria dos brasileiros. Também não é verdade que, após a reapresentação do texto ao Congresso em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha afirmado não saber “como vai fazer para o aposentado tirar a bunda do sofá”. A lei de desaposentação, caso aprovada, permitiria que o aposentado que continua a trabalhar renunciasse ao benefício. Assim, ele poderia depois pedir nova aposentadoria com valor maior, com a inclusão de novas contribuições previdenciárias. Já a frase de Lula foi dita no ano passado e referia-se à importância da prática de atividades físicas pelos idosos.

No Instagram, uma mulher lê o título “Lula diz que não sabe como vai fazer pra o aposentado tirar a bunda do sofá (sic)”, do site Terra Brasil Notícias. Em seguida, diz para os seguidores verem por que ele falou isso e lê trecho de outro texto, desta vez da Agência Senado, que informa que o senador Paulo Paim reapresentou o projeto de lei que prevê a “desaposentação”. A autora do vídeo então questiona: “você sabe o que significa isso?”. Por fim, responde: “significa que ele quer cortar a sua aposentadoria”.

A usuária do Instagram desinforma ao comentar sobre o Projeto de Lei 299/2023, de autoria de Paulo Paim, que modifica o Plano de Benefícios do Regime Geral de Previdência Social (Lei nº 8.213/1991). O próprio texto citado por ela, da Agência Senado, explica que a proposta tem o objetivo de permitir que o cidadão desfaça a aposentadoria para obter um valor maior com a inclusão de novas contribuições previdenciárias feitas após a concessão do primeiro benefício…

Veja a apuração completa no site Estadão Verifica