Vídeos nas redes afirmam que registro da vacina do ex-presidente em SP tem e-mail com nome de Lula, o que descredibilizaria investigação da Polícia; na realidade, busca e apreensão na casa do ex-presidente foi motivada por indícios de fraude em doses aplicadas em Duque de Caxias
Apurado pelo site Estadão Verifica
O que estão compartilhando: que o cartão de vacinação contra a covid de Jair Bolsonaro (PL) foi registrado com e-mail com o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e isso indica que a operação da Polícia Federal na casa do ex-presidente foi uma armação.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. De fato há um cadastro no sistema municipal de São Paulo com nome e CPF de Bolsonaro, mas com o e-mail ‘lula@gmail.com’. A Polícia Federal já abriu inquérito para investigar o ocorrido. No entanto, a investigação que levou a PF a fazer buscas e apreensão na casa de Bolsonaro é outra, e mira registros de doses supostamente aplicadas em Duque de Caxias (RJ). Os investigadores sabem que quem inseriu os dados no sistema do Ministério da Saúde foi o secretário municipal João Carlos de Sousa Brecha. Já a emissão do certificado com os dados supostamente fraudulentos partiu da conta ligada ao ex-presidente, cujo e-mail utilizado era o de seu ajudante de ordens, Mauro Cesar Cid. A íntegra da representação da PF pode ser lida aqui.
Saiba mais: os registros que levaram a PF à casa de Bolsonaro apontam que duas doses da vacina Pfizer teriam sido aplicadas nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias. Quem inseriu as doses no sistema foi João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias. A PF destaca que fazer registros de vacinação não faz parte de suas atribuições. Também aponta que foi ele o responsável pelo registro de doses para Laura, filha de Bolsonaro, bem como de Mauro Cesar Cid e sua família, Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro, assessores do ex-presidente…