Apurado pelo site UOL Confere
Publicações nas redes sociais omitem que o governo Lula (PT) só revogou o programa “Abrace Marajó”, criado pela gestão Jair Bolsonaro (PL) para combater abuso contra crianças, meses após lançar a nova iniciativa “Cidadania Marajó”. Os posts dão a entender que, com a revogação, a população da cidade paraense ficou desassistida, o que não é verdade.
Uma publicação no Instagram traz um print da notícia sobre a revogação com a seguinte legenda: “E assim seguem firmes no projeto de destruição de tudo de bom que foi feito pelo governo Bolsonaro!”.
É verdade que o presidente Lula revogou, no último dia 5, o programa Abrace Marajó, que foi criado com o objetivo de combater a exploração sexual de crianças no arquipélago de Marajó (PA) (aqui). Porém, os posts omitem que o governo lançou, em 18 de maio, o novo programa Cidadania Marajó (aqui).
Outros posts, compartilhados no Facebook, relacionam a revogação com um suposto incentivo à pedofilia. “Os pedófilos agradecem”, diz uma postagem.
“A quem isso irá favorecer? Combater CRIMES, (sic) nunca foi o desejo do PT”, diz o texto de outra publicação no TikTok.
É verdade que o presidente Lula revogou, no último dia 5, o programa Abrace Marajó, que foi criado com o objetivo de combater a exploração sexual de crianças no arquipélago de Marajó (PA) (aqui). Porém, os posts omitem que o governo lançou, em 18 de maio, o novo programa Cidadania Marajó (aqui).
Segundo o governo Lula, o programa lançado pela ex-ministra e atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi alvo de denúncias. A iniciativa teria sido utilizada para a exploração de riquezas naturais e para atender a interesses estrangeiros, sem benefício ou participação social da população local.
Lançada durante o governo de Jair Bolsonaro, a iniciativa foi marcada por controvérsias. Durante um culto em Goiânia (GO), em 2020, Damares afirmou que as crianças eram traficadas e tinham seus dentes “arrancados pra elas não morderem na hora do sexo oral” (aqui). As declarações chocaram a opinião pública e autoridades cobraram explicações. Documentos apresentados pela senadora ao Estadão não comprovaram a veracidade das denúncias…
Veja a apuração completa no site UOL Confere