Falso: Perfis no Twitter ‘sequestram’ obituários para espalhar desinformação sobre vacina

Apurado pelo site Estadão Verifica

Usuários antivacina compilam notícias de mortes para fazer conexão infundada com o imunizante contra covid
Perfis desinformativos que acumulam mais de 500 mil seguidores no Twitter têm “sequestrado” obituários noticiados pela imprensa para fazer acusações infundadas contra a vacina de covid-19. Usando hashtags como #MalSúbito e #CasoIsolado, eles afirmam, sem qualquer evidência, que diferentes óbitos teriam sido causados pela vacinação. Na maioria dos casos, as causas das mortes divulgadas por esses usuários sequer são divulgadas – e isso já é o suficiente para que militantes antivacina as utilizem como “prova” de supostos malefícios da vacinação.

Esses perfis costumam atravessar fronteiras para buscar obituários, que são de países variados, inclusive do Brasil. As notícias sobre as mortes, utilizadas erroneamente para espalhar desinformação, não fazem qualquer menção à vacina contra covid-19. Ainda que a causa da morte noticiada seja outra, os usuários antivacina insistem em versões conspiratórias para atribuir o falecimento ao imunizante.

Em uma das postagens, por exemplo, um perfil atribuiu a morte do bailarino Nylson Torres, de Mossoró (RN), à vacina. Na legenda, o responsável pela publicação afirma que o artista foi vítima do “veneno da vacina contra covid”, o que não é verdade. Torres foi internado no dia 10 de maio deste ano por complicações do próprio coronavírus. Por complicações, ele acabou falecendo após uma parada cardiorrespiratória…

Veja a apuração completa no site Estadão Verifica