Apurado pelo site Aos Fatos
Uma das desinformações sobre o direito ao aborto mais virais no mundo é a de que a Pepsi usaria fetos abortados para produzir adoçantes. A história é absurda e já foi desmentida por diversas agências de checagem. Em meio à discussão do PL 1.904/2024, conhecido como “PL do Aborto”, uma teoria conspiratória semelhante passou a circular nas redes depois que o autor do projeto, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), publicou um vídeo mentiroso sobre o assunto no último domingo (16).
Na gravação, que até o momento acumula 66,5 mil curtidas e 730 mil visualizações no Instagram e 258 mil visualizações no X até a manhã desta terça-feira, o deputado diz:
Isso não é verdade. O deputado se baseia em reportagens antigas e denúncias falsas sobre organizações de direitos reprodutivos no Reino Unido e nos Estados Unidos para sugerir que existe uma indústria mundial que utiliza fetos abortados para produzir cosméticos.
Cavalcante faz crer que várias empresas comercializariam partes de fetos humanos, ao compartilhar três textos publicados na imprensa brasileira:
O deputado omite que as reportagens citadas trazem informações que se revelaram, mais tarde, falsas. O livro citado em 2008, por exemplo, foi desmentido ainda na década de 1970. Os dois autores — Michael Litchfield e Susan Kentish — confessaram ter distorcido entrevistas e feito falsas alegações e foram punidos por mentir…
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