Apurado pelo site Aos Fatos
Não é verdade que o “chefe da ONU” afirmou em discurso recente que cristãos que não aceitarem a ideologia de esquerda e a legalização da pedofilia serão expulsos da sociedade. As peças de desinformação que fazem essa alegação distorcem o conteúdo de um relatório publicado pelo especialista independente da ONU em identidade de gênero e orientação sexual, Victor Madrigal-Borloz. No documento, o jurista defende que o direito à liberdade religiosa deve coexistir com o respeito à comunidade LGBTQIA+.
Posts que fazem essa alegação enganosa acumulavam ao menos 12 mil curtidas no Instagram até a tarde desta sexta-feira (11).
O especialista independente em identidade de gênero e orientação sexual da ONU, Victor Madrigal-Borloz, não afirmou em discurso recente que cristãos devem acatar os valores de esquerda e defender a legalização da pedofilia, caso não queiram ser excluídos da sociedade. Madrigal-Borloz, que é apontado como “chefe da ONU” pelas peças de desinformação, defendeu em relatório e em discurso na 53ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos que a liberdade religiosa deve coexistir com o respeito à comunidade LGBTQIA+.
No relatório “Orientação Sexual, Identidade de Gênero e Liberdade Religiosa”, Madrigal-Borloz afirma que, apesar de não possuir preconceitos que lhe são inerentes, a religião é muitas vezes colocada em um pólo antagônico ao dos direitos humanos da comunidade LGBTQIA+. Ele diz ainda que a fé não pode ser usada como “uma desculpa para práticas autocráticas e negação de direitos fundamentais” e defende que líderes religiosos se inspirem em bons exemplos já existentes para criar espaços inclusivos que permitam que a população LGBTQIA+ tenha acesso a práticas espirituais…
Veja a apuração completa no site Aos Fatos