Vídeo engana ao atribuir saída da empresa do Brasil ao atual governo; atacadista passou a operar só em São Paulo e anunciou venda de últimas lojas no Brasil em 2022
Apurado pelo site Estadão Verifica
A saída do Brasil da rede atacadista Makro não começou após a chegada à Presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva. Um vídeo que viralizou no Instagram mostra uma das lojas do Makro com prateleiras vazias e atribui o fechamentos das unidades e a demissão de funcionários ao atual governo, mas isso não é verdade. O Makro, que pertence ao grupo holandês SHV, começou a se desfazer de suas unidades no Brasil em 2020, quando repassou 30 lojas ao Atacadão. No ano passado, o grupo contratou o banco Santander para vender as últimas 24 lojas – a venda de 16 delas, além de 11 postos de combustível, foi concretizada este ano.
O Makro está presente no Brasil há mais de 50 anos, mas os sinais de que a rede atacadista deixaria o País começaram há três. Em fevereiro de 2020, como noticiou o Estadão, a rede francesa Carrefour, que controla o Atacadão, anunciou a compra de 30 lojas do Makro ao redor do Brasil – isso porque o Makro havia decidido operar apenas em São Paulo, onde manteve 24 lojas. As 30 unidades compradas pelo Carrefour custaram R$ 1,95 bilhão.
Já em abril do ano passado, ou seja, antes da eleição de Lula, o Estadão apurou que o grupo se preparava para deixar definitivamente o Brasil, colocando à venda as 24 lojas remanescentes em São Paulo. O banco Santander foi contratado para encontrar um comprador disposto a pagar cerca de R$ 2 bilhões pelas lojas…