Relógio tem 400 anos e, de acordo com diretor de curadoria dos Palácios Presidenciais, mecanismo não funciona pelo menos desde o segundo governo Lula
Apurado pelo site Estadão Verifica
É falso que o horário registrado pelo relógio de Balthazar Martinot, trazido ao Brasil em 1808 por Dom João VI e destruído no Palácio do Planalto após invasão de golpistas no dia 8 de janeiro deste ano, prove que havia infiltrados no local. A tese infundada começou a se espalhar logo que o Fantástico, da Rede Globo, exibiu imagens no último domingo, 15, do momento em que um homem joga o relógio do século XVII no chão. A câmera de segurança do local mostra que o ataque ocorreu às 15h33 do dia 8 e janeiro, mas o horário exibido no relógio antigo é 12h25. A discrepância ocorre porque o relógio estava parado.
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De acordo com o arquiteto Rogério Carvalho, que é diretor de curadoria dos Palácios Presidenciais, o relógio não funciona há bastante tempo. “Desde que eu entrei em contato com ele pela primeira vez, no segundo governo Lula [de 2007 a 2010], ele nunca funcionou”, disse. “É um relógio do século XVII, tem mais de 400 anos, não é uma máquina que qualquer pessoa mexa”, desabafou o arquiteto, que também já foi gerente de bens móveis e integrados no Iphan…