Falso: Governo da Flórida não declarou vacina contra a covid-19 uma arma biológica

Apurado pelo site UOL Confere

É enganoso um post que afirma que o estado da Flórida, nos Estados Unidos, declarou que as vacinas mRNA contra a covid-19 são armas biológicas. Na verdade, elas foram classificadas dessa forma pelo comitê-executivo do Partido Republicano de Brevard, um dos 67 condados da Flórida, que pede, em carta, que a aplicação dos imunizantes passe a ser considerada ilegal.

Conteúdo investigado: Post nas redes sociais apresenta uma reportagem televisiva em inglês e afirma na legenda: “Flórida declara vacina de mRNA contra Covid uma ‘Bio-Arma’. Legislação a ser aprovada torna ILEGAL a administração de qualquer vacina mRNA a qualquer pessoa no estado”.

Onde foi publicado: Telegram e Twitter.

Conclusão do Comprova: Publicação que circula nas redes sociais engana ao sugerir que o governo da Flórida, nos Estados Unidos, declarou a vacina mRNA (RNA mensageiro) contra a covid-19 uma “bio-arma”. O post, que reproduz uma notícia veiculada em inglês por emissora de TV americana, acrescenta que a administração do imunizante no estado americano passará a ser considerada ilegal.

As alegações, porém, não correspondem ao conteúdo da reportagem, exibida em 13 de julho. Segundo o noticiário, quem classificou os imunizantes como uma “arma biológica” foi o comitê-executivo do Partido Republicano de Brevard, um dos 67 condados da Flórida, e não o governo estadual. A afirmação foi feita por líderes do grupo político em carta, na intenção de pedir a autoridades que proibissem a aplicação e o recebimento de vacinas no estado. Resoluções semelhantes já foram aprovadas por comitês partidários de outros condados, mas não avançaram no Legislativo.

Os imunizantes contra a covid-19 e seus efeitos colaterais são investigados pela Suprema Corte da Flórida, a pedido do governador Ron DeSantis (Republicanos), desde o fim do ano passado, mas a apuração no estado não tem relação direta com a carta elaborada pelo comitê-executivo do partido. Além disso, as conclusões ainda não foram divulgadas…

Veja a apuração completa no site UOL Confere