Publicação é falsa. Especialistas ouvidos pelo Observador descartam existência de uma espécie que apenas floresce de 400 em 400 anos. Flor do pagode existe, mas não é semelhante à imagem apresentada.
Apurado pelo site Observador 🇵🇹
Fact Check. Imagem mostra uma “Flor do pagode”, espécie que floresce a cada 400 anos?
Publicação é falsa. Especialistas ouvidos pelo Observador descartam existência de uma espécie que apenas floresce de 400 em 400 anos. Flor do pagode existe, mas não é semelhante à imagem apresentada.
A cadeia montanhosa dos Himalaias é casa de muitas belezas naturais e uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta. De acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), estima-se que existam cerca de 10 mil espécies de plantas ao longo da cordilheira. Nas últimas semanas tem sido partilhada uma publicação nas redes sociais que, alegadamente, dá conta de uma dessas espécies: uma flor “única” que cresce no Tibete e que é denominada “Flor do Pagode” ou “Maha Molu”. Os posts que fazem referência a esta flor são sempre acompanhados de uma fotografia da alegada espécie, que mostra uma árvore frondosa de grandes dimensões, carregada de flores brancas.
Numa destas publicações, o autor descreve que as flores do pagode florescem nos Himalaias “a cada 400 anos” e que a Humanidade tem “a sorte de ver o pagode florescer” neste século. Outra publicação utiliza a suposta espécie para fazer uma comparação com a atual situação política em Portugal, questionando se, em solo português, “estamos a assistir ao crescer e ao florescer do pagode político”. Mas será que esta é mesmo a espécie representada na publicação?
Ao olharmos com atenção para a imagem em análise, concluímos logo à partida que se trata de uma árvore, não de uma flor, tal como sugerem os posts em questão. A aparência e textura dessa árvore parecem, igualmente, aproximar-se de uma animação gráfica – e não de uma fotografia real. Utilizando o Google Images, uma ferramenta de pesquisa da Google que permite pesquisar imagens em vez de palavras, apenas encontramos a fotografia em questão em publicações semelhantes à que está em análise neste Fact Check, tendo sido recentemente partilhadas em redes sociais como Facebook ou TikTok…