Circula nas redes um vídeo em que a médica Raissa Soares aponta uma série de supostos malefícios causados pela proteína Spike, como formação de coágulos e destruição de células, das vacinas de RNA mensageiro contra a Covid-19. As informações são falsas e sem embasamento científico.
Apurado pelo site Lupa
Circula pelas redes sociais um vídeo em que a médica Raissa Soares, que foi candidata a senadora pelo PL em 2022, aponta uma série de supostos malefícios causados pela proteína Spike. Esse fragmento do vírus Sars-CoV-2 está relacionado ao funcionamento das vacinas contra a Covid-19 que utilizam a tecnologia de RNA mensageiro (ou mRNA), como as produzidas pela farmacêutica Pfizer. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação:
“[Quando] seu sistema de defesa destrói a célula, eu vou ter proteína Spike sobrando na circulação sanguínea”
A informação analisada pela Lupa é falsa. O mecanismo de funcionamento das vacinas contra a Covid-19 não inclui a “destruição” de células. Também é falso que a proteína Spike, produzida a partir da imunização com vacinas de RNA mensageiro, fique “sobrando na circulação sanguínea”.
Segundo o médico infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), as declarações feitas no vídeo analisado não têm nenhum fundamento. “A vacina não induz as células a destruir nada. Na verdade, a vacina induz a célula a produzir Spike”, explica Barbosa…