Circula pelas redes sociais uma postagem segundo a qual as vacinas de RNA mensageiro contra a Covid-19 — como as da Pfizer — estimulariam o organismo a produzir uma quantidade descontrolada de proteína Spike, o que causaria uma resposta inflamatória. É falso. A produção dessa proteína é momentânea, não “descontrolada”.
Apurado pelo site Lupa
Circula pelas redes sociais uma postagem segundo a qual as vacinas de RNA mensageiro (ou mRNA) contra a Covid-19 — como as da Pfizer — estimulariam o organismo a produzir uma quantidade descontrolada de proteína Spike, o que causaria uma resposta inflamatória. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“A cada dia que passa, surgem novos dados mostrando que algumas delas [vacinas de mRNA] estimulam seu corpo a produzir quantidades descontroladas de uma proteína”
A informação analisada pela Lupa é falsa. A proteína à qual o médico se refere é a Spike, fabricada pelo organismo a partir das vacinas de RNA mensageiro. Diferentemente do que ele afirma, a produção dessa proteína é pontual, e não “descontrolada”.
É a resposta imunológica no organismo que durará por mais tempo, e não a produção da proteína Spike, explicou o médico infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em entrevista à Lupa em março: “Você fica com anticorpos e células de memória para agir se você entrar em contato [com o vírus]. Então, não, as proteínas Spike não ficam sendo produzidas indefinidamente”…