Apurado pelo site Lupa
Vídeo no Twitter sugere que as vacinas contra a Covid-19 podem causar uma epidemia do vírus marburg, causador de febre hemorrágica — doença mortal. A publicação diz que “já houve uma liberação” do marburg “dentro” de várias vacinas por meio de nanopartículas lipídicas. Jovens que participam do TFCN no Brasil checaram essa informação, confira:
Esta checagem faz parte do Teen Fact Checking Network (TFCN), programa de alfabetização midiática digital MediaWise, do Instituto Poynter, que tem a parceria da Lupa no Brasil. Um vídeo no Twitter sugere que as vacinas contra a Covid-19 podem causar uma nova epidemia, dessa vez do vírus marburg, causador de febre hemorrágica — doença mortal. Segundo o tuíte, um cientista teria afirmado que as pessoas que se vacinaram estão sendo “cobaias” e “animais de laboratórios”, que os Estados Unidos já estão providenciando um documento que prevê o novo surto, e ainda que campos de quarentenas estão sendo montados.
A publicação sugere ainda que “já houve uma liberação do vírus marburg” dentro de várias vacinas por meio de nanopartículas lipídicas, o hidrogel. E dentro do hidrogel existem, supostamente, patógenos diversos, entre eles o ebola. Por fim, o post afirma que a “ativação” dessas doenças seria por meio do sistema 5G.
“Cientista diz que nova epidemia (Marburg) começará quando o 5G emitir um pulso que vai ‘derreter’ e liberar conteúdos patogênicos que estão nas vacinas de Covid. Quem se vacinou é uma bomba biológica. A humanidade será dizimada sem nenhum tiro disparado.”
A informação é falsa. As vacinas contra a Covid-19 aprovadas no Brasil não contêm em sua fórmula nenhum material genético ou mesmo versão inativada ou atenuada do marburg. Considerado um dos mais perigosos do mundo, esse vírus é da mesma família do ebola (filovírus).e provoca febre muito alta, dores musculares e, em alguns casos, hemorragias em várias partes do corpo, como gengivas, olhos ou nariz.Embora um surto de marburg tenha sido registrado em março de 2023 em alguns países da África, com 15 casos confirmadas e 11 mortes até 15 de abril, não há qualquer evidência de que as pessoas foram infectadas em razão dos imunizantes contra a Covid-19…