Post diz que 17 mil médicos e cientistas declaram que as vacinas contra Covid-19 de mRNA devem parar de ser aplicadas por provocar problemas de saúde. É falso. A Anvisa informa que todos os dados de monitoramento e relatos de eventos adversos recebidos até o momento mantêm a relação de benefício-risco da vacina favorável ao seu uso.
Apurado pelo site Lupa
Circula pelas redes sociais postagem afirmando que 17 mil médicos e cientistas assinaram um tratado em que declaram que as vacinas contra Covid-19 de mRNA devem parar de ser aplicadas porque podem danificar o coração, cérebro, tecido reprodutivo e pulmões. A publicação é acompanhada de um vídeo com o trecho de um discurso do médico Robert Malone sobre o tema (em algumas postagens é usada uma foto de Malone durante o discurso). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
Dr Robert Malone sobre os MRNA mensageiros e os perigos 17.000 médicos e cientistas assinaram um tratado que declarava:”Os dados confirmam que as injeções experimentais de terapia genética COVID-19 devem terminar … Elas podem danificar seu coração, seu cérebro, seu tecido reprodutivo e seus pulmões.”
A informação analisada pela Lupa é falsa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que “todos os dados de monitoramento e relatos de eventos adversos recebidos até o momento mantêm a relação de benefício-risco da vacina favorável ao seu uso”. Ou seja, não há informações que indiquem que as vacinas contra Covid-19 devem parar de ser aplicadas.
O órgão explica que as vacinas de Covid-19 têm sido monitoradas de forma inédita em comparação com qualquer outra vacina já utilizada no Brasil. Alega também que não foram identificadas preocupações de segurança que ensejassem uma investigação específica. “Durante os estudos clínicos as reações tiveram curta duração. A reação local mais comumente mencionada foi dor no local da injeção. Do mesmo modo, eventos adversos de curta duração e menor gravidade compõem a maioria das reações identificadas desde a aprovação desses produtos. Para a vacina de mRNA em uso no Brasil, os eventos mais relatados foram cefaleia, febre, dor muscular e dor no local de injeção”, diz a Anvisa…