Apurado pelo site Aos Fatos
Não é verdade que o Exército tomou o poder no Equador e prendeu membros da Corte Constitucional — equivalente ao STF (Supremo Tribunal Federal) no Brasil — e da esquerda, como afirmam publicações nas redes. Em maio, o presidente equatoriano Guillermo Lasso acionou um dispositivo constitucional para dissolver o Parlamento, que tinha maioria de oposição. A medida foi validada pela Justiça e teve apoio do Exército. Não há informações sobre prisões de membros do Judiciário ou da esquerda.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 2.000 compartilhamentos no Facebook nesta quinta-feira (27). As peças de desinformação também circulam na plataforma de vídeos curtos Kwai e no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
Posts nas redes enganam ao afirmar que o Exército tomou o poder no Equador e prendeu membros da esquerda e ministros da Corte Constitucional. O que ocorreu, na verdade, é que o presidente Guillermo Lasso determinou em 17 de maio deste ano a dissolução da Assembleia Nacional — que tinha maioria de oposição —, o fim imediato do mandato de todos os deputados e a realização de novas eleições gerais. Essas ações, resguardadas pelo artigo 148 da Constituição do país, foram validadas pela Corte Constitucional.
Lasso segue governando o país por decreto até agosto, quando serão realizadas as eleições gerais. Em junho, o mandatário anunciou que não concorrerá novamente. O Aos Fatos não encontrou quaisquer registros na imprensa que confirmem que membros do Judiciário e da esquerda tenham sido presos pelo Exército…
Veja a apuração completa no site Aos Fatos