Apurado pelo site Aos Fatos
Não é verdade que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso sugeriu o confisco de bens e poupança, como afirmam publicações nas redes. As peças desinformativas tiram de contexto trecho do voto do ministro sobre a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5.090, que discute a utilização da Taxa Referencial para a correção monetária das contas vinculadas do FGTS. As publicações mentirosas destacam uma analogia feita por Barroso para explicar o que poderia acontecer caso investimento da classe média rendesse menos do que a poupança.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam ao menos 2.000 compartilhamentos no Facebook até o início da tarde desta terça-feira (9). Circulam, também, no WhatsApp, plataforma em que não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
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Posts nas redes tiram de contexto uma fala de Luís Roberto Barroso, feita no dia 20 de abril, durante o julgamento da ADI 5.090, para dar a entender que o ministro do STF teria sugerido o confisco de bens e investimentos aplicados em bancos e poupanças, o que é mentira. Na verdade, a ação questiona a aplicação da TR (Taxa Referencial) na correção dos saldos das contas vinculadas ao FGTS.
Na ocasião, Barroso fez uma analogia comparando o que poderia acontecer se os investimentos da classe média rendessem menos do que a poupança e ficassem retido para financiar políticas de governo, como o proposto para o FGTS…