Apurado pelo site Aos Fatos
Não é verdade que foram encontradas 2.600 cédulas de votação com indícios de fraude no estado americano da Pensilvânia. As autoridades estão revisando, na realidade, formulários de registro de eleitores — enviados por cidadãos para solicitar autorização para participar do pleito. Como essas pessoas não chegaram a registrar seus votos, o suposto problema não pode interferir no resultado eleitoral.
Publicações com o conteúdo enganoso somavam 2.500 curtidas no Instagram até a tarde desta segunda-feira (4).
Posts nas redes têm compartilhado uma desinformação disseminada pelo ex-presidente Donald Trump para afirmar que teria havido fraude eleitoral na votação antecipada no estado da Pensilvânia. As publicações alegam que teriam sido encontradas 2.600 cédulas de votação adulteradas no condado de Lancaster, o que não é verdade.
As autoridades locais estão investigando, na realidade, cerca de 2.500 formulários de registro de eleitores — solicitações feitas por cidadãos para que possam votar. Como o procedimento antecede o preenchimento das cédulas de votação, o problema não interfere no resultado do pleito.
De acordo com informações oficiais, diversos formulários parecem ter sido preenchidos no mesmo dia e com a mesma caligrafia. Algumas solicitações correspondiam a eleitores previamente registrados e suas assinaturas não coincidiam com as que estavam arquivadas. Já em outros casos, foram preenchidos endereços imprecisos ou inverificáveis.
A promotora distrital do condado de Lancaster, Heather Adams, afirmou que o problema pode ter sido causado por campanhas conduzidas por organizações para garantir a participação de eleitores no pleito. O comissário do condado, Ray D’Agostino, disse que a suposta operação não parece ter tido como objetivo privilegiar nenhum partido…
Veja a apuração completa no site Aos Fatos