Apurado pelo site Aos Fatos
Não é verdade que Alexandre de Moraes atuou como advogado do PCC (Primeiro Comando da Capital) em 124 processos antes de se tornar ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), como alegam publicações nas redes. Moraes, na realidade, representou em processos civis e administrativos uma cooperativa de transportes que teve seus sócios investigados em 2014 por envolvimento com a facção. Ele, no entanto, não prestou serviços particulares a nenhum dos sócios e já venceu processos na Justiça contra pessoas que o acusaram de advogar para o grupo criminoso.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam ao menos 3.000 compartilhamentos no Facebook e 35 mil visualizações no Kwai na tarde desta sexta-feira (6).
Em vídeo compartilhado nas redes, um homem não identificado engana ao afirmar que Alexandre de Moraes defendeu o PCC em 124 processos judiciais e cometeu uma série de crimes contra autoridades. O magistrado, na verdade, representou a cooperativa de transportes Transcooper em processos civis e administrativos. Em 2014, relatórios das polícias civil e militar de São Paulo apontaram um possível envolvimento de sócios da empresa com a facção criminosa. Moraes, no entanto, não atuou como advogado particular dos envolvidos no caso.
O número citado pela peça de desinformação vem de uma interpretação distorcida de uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Em 2015, quando Moraes assumiu o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo, o jornal publicou texto que mostrava que ele havia defendido a Transcooper em 123 processos. À época, a cooperativa era uma das associações e empresas citadas em investigação que apurava um suposto esquema de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro do PCC. Aos Fatos não encontrou informações atualizadas sobre o caso da cooperativa…
Veja a apuração completa no site Aos Fatos