FALSO: Cristina Fernández de Kirchner, sobre a renegociação da dívida com os obrigacionistas privados: ‘Não obtivemos um único abatimento, nem um único dólar de principal e juros’

O vice-presidente questionou a negociação com detentores de títulos privados realizada pelo ex-ministro da Economia Martín Guzmán em 2020, que levou a uma reestruturação da dívida pública.

Apurado pelo site Chequeado 🇦🇷

O vice-presidente questionou a negociação com detentores de títulos privados realizada pelo ex-ministro da Economia Martín Guzmán em 2020, que levou a uma reestruturação da dívida pública.

No entanto, tanto relatórios oficiais quanto estudos alternativos revelam que o acordo alcançado pelo governo argentino envolveu um haircut, concentrado principalmente em juros e não tanto em capital.

Segundo informação oficial, por exemplo, as novas obrigações com legislação estrangeira foram emitidas com uma taxa média de 3% (as antigas tinham uma taxa média de 7%) e conseguiu-se uma redução média de capital de 1,9%.

A vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner fez um discurso na Universidade Nacional de Río Negro no qual abordou vários temas da economia argentina. Nesse sentido, referiu-se à dívida pública e à reestruturação de títulos com o setor privado realizada pelo ex-ministro da Economia Martín Guzmán.

“Além disso, também apoiei fortemente a reestruturação da dívida privada, apesar de não termos obtido um único cancelamento, nem um único dólar de principal e juros. Acho que poderia ter sido feita uma negociação melhor e apoiei porque achei que tinha que apoiar”, disse o ex-presidente da Nação (2007-2015).

No entanto, é falso que a remoção não tenha sido alcançada no swap de 2020 com detentores de títulos privados. O Ministério da Economia da Nação informou em agosto daquele ano um acordo com esses detentores de títulos argentinos com redução de capital e juros, tanto para aqueles que possuem títulos emitidos sob a legislação nacional quanto para os emitidos sob a legislação estrangeira. Fontes oficiais e alternativas concordam que houve haircut, concentrado principalmente nos juros e não tanto no capital…

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