Falso: Carta Olímpica veda manifestação de atletas contra qualquer país, não apenas contra Israel

Apurado pelo site Estadão Verifica

Regra que proíbe que competidores façam declarações contra ‘pessoas, países e organizações’ durante os Jogos foi estabelecida em 1975
O que estão compartilhando: que o Comitê Olímpico Internacional (COI) proibiu qualquer tipo de crítica a esportistas israelenses, em meio ao conflito contra o Hamas. Ao mesmo tempo, o COI baniu a participação de atletas russos em competições olímpicas, no contexto da guerra contra a Ucrânia.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Durante competições olímpicas, atletas não devem fazer declarações contra “pessoas, países, organizações e/ou sua dignidade”. Essa norma vale para críticas a qualquer atleta ou governo, e não apenas a israelenses. Esportistas não são proibidos de se manifestarem antes dos Jogos e fora de locais de competição olímpicos.

Além disso, a regra é muito anterior ao atual conflito no Oriente Médio – ela foi introduzida na Carta Olímpica, o estatuto dos Jogos, em 1975. O documento veda qualquer tipo de “manifestação ou propaganda política, racial ou religiosa”. Vale lembrar que já em 1968 atletas americanos foram punidos por fazer gestos contra o racismo no pódio…

Veja a apuração completa no site Estadão Verifica