Falso: Caixa não taxará o Pix em R$ 8 a partir de 19 de julho

Apurado pelo site Aos Fatos

Uma reportagem editada da Jovem Pan tem sido difundida por publicações nas redes sociais para dar a entender que a Caixa Econômica Federal irá cobrar uma taxa de R$ 8 em todas as transações feitas por meio do Pix a partir de 19 de julho. O banco estatal anunciou a cobrança de taxas sobre o Pix somente às empresas, mas a medida foi temporariamente suspensa após pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que é omitido pelas peças de desinformação. O valor citado, inclusive, não era destinado a todas as modalidades de Pix.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 3.000 compartilhamentos no Facebook e 75 mil curtidas no Instagram. As peças enganosas também circulam no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).

Posts nas redes enganam ao compartilhar um trecho editado de uma reportagem da Jovem Pan, exibida em 20 de junho, para fazer crer que a Caixa irá taxar em R$ 8 todas as transações por meio do Pix a partir de 19 de julho. O banco anunciou em 19 de junho que taxaria operações via Pix somente de empresas, no entanto a medida foi temporariamente suspensa no dia seguinte, a pedido de Lula. Por telefone, a assessoria da Caixa informou ao Aos Fatos que não foi feita qualquer reunião para tratar do assunto, tampouco definida uma nova data de cobrança por parte do banco.De acordo com a Caixa, a suspensão visa ampliar o prazo para que os clientes possam se adequar e receber amplo esclarecimento do banco sobre o assunto, “dada a proliferação de conteúdos inverídicos que geraram especulação”. O banco disse também que a decisão de cobrar pelo serviço estava definida desde o ano passado e que não foi executada devido à necessidade de adequação dos sistemas internos. A suspensão da medida foi noticiada pela Jovem Pan (confira abaixo):

O trecho da reportagem difundido pelas peças checadas também foi editado para suprimir a informação veiculada pela Jovem Pan de que a cobrança visava somente transações via Pix feitas por empresas; não pessoas físicas, MEIs (Microempreendedores Individuais) e beneficiários de programas sociais. Na reportagem original da Jovem Pan são mencionadas três modalidades de Pix e as respectivas taxas que seriam cobradas das empresas pela Caixa:..

Veja a apuração completa no site Aos Fatos