Apurado pelo site Chequeado
Trata-se da proxalutamida, um medicamento não aprovado que também está sendo investigado como tratamento para câncer de mama e próstata.
O Conselho Nacional de Saúde do Brasil, juntamente com a Comissão Nacional de Ética, denunciou irregularidades no desenvolvimento do estudo, bem como transgressões das normas vigentes sobre ética em pesquisa envolvendo seres humanos.
Na Argentina, existe um protocolo aprovado pela ANMAT para realizar um ensaio clínico com este medicamento, mas ainda não foi iniciado, como este meio pôde verificar.
A Procuradoria-Geral da República investiga a morte de 200 pessoas no âmbito de um ensaio clínico de um medicamento experimental contra o coronavírus. Trata-se da proxalutamida, um antiandrógeno (ou seja, um inibidor dos hormônios masculinos) desenvolvido pela farmacêutica chinesa Kintor Pharmaceuticals. O medicamento não é aprovado em quase nenhum país do mundo (a exceção é o Paraguai ) e está sob investigação desde antes da pandemia de COVID-19 como tratamento para câncer de mama e próstata.
O ensaio clínico -dirigido pelo endocrinologista Flávio Cadegiani e patrocinado pela rede Samel de hospitais privados- foi aprovado pelas autoridades brasileiras no final de janeiro passado. Na Argentina, a Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (ANMAT) aprovou um protocolo para investigar a proxalutamida em pacientes com COVID-19 leve a moderado, mas o estudo ainda não começou , segundo o que Chequeado pôde verificar .
O Conselho Nacional de Saúde (CNS), em conjunto com a Comissão Nacional de Ética (CONEP), apresentou denúncia à Procuradoria-Geral da República no dia 3 de setembro por “indícios de irregularidades no desenvolvimento do estudo, bem como transgressões das normas vigentes de ética em pesquisa com seres humanos” …