Apurado pelo site Observador 🇵🇹
Quem entre na União Europeia de forma “ilegal” tem direito a carta de condução, segurança social, cartões de crédito ou casa subsidiada? Qual é a verdade sobre a política migatória dos 27?
Fact Check. Migração ilegal premiada na União Europeia com “trabalho, renda e cartão de crédito”?
Quem entre na União Europeia de forma “ilegal” tem direito a carta de condução, segurança social, cartões de crédito ou casa subsidiada? Qual é a verdade sobre a política migatória dos 27?
“Alguém me explica isto”, pede uma longa publicação no Facebook que compara a política migratória de vários países com a política migratória que está em vigor na União Europeia.
“Se atravessares a fronteira da Coreia do Norte ilegalmente, és condenado a 12 anos de trabalhos forçados. Se atravessares a fronteira afegã ilegalmente, és alvejado”, mas ao contrário do que acontece nestes países “se entrares por alguma fronteira da União Europeia ilegalmente serás obrigado a ter carta de condução, segurança social, trabalho, cartões de crédito, renda de casa subsidiada”. A lista é longa mas o autor garante que “por último, e não menos importante: Podes manifestar-te nas ruas e até queimar a bandeira nacional”. O objetivo da publicação é claro, tenta comparar de forma negativa as políticas migratórias europeias com as políticas migratórias de alguns dos países mais restritivos do mundo.
Vamos então por partes. Qual é a política da União Europeia para com a imigração ilegal? Em 2022, 330 mil migrantes em situação irregular entraram nas fronteiras dos Estados membros da União Europeia. De acordo com os números da Frontex, foi o número mais elevado desde 2016 e representa um aumento de 64% face ao ano anterior, 2021.
Estes números levaram alguns Estados membros, como os Países Baixos, a Bélgica, a Irlanda e a Dinamarca a levantar preocupações sobre o aumento das entradas irregulares. Neste encontro, que aconteceu em 2023, o primeiro-ministro da Irlanda deixou a posição clara: “É importante que sejamos nós, enquanto europeus, a decidir quem entra nos nossos países, não aqueles que se dedicam ao tráfico de seres humanos. Aqueles que conquistarem o estatuto de refugiado têm o direito de permanecer, mas os outros não, e devem ser devolvidos.” E o chanceler da Áustria alinhou no mesmo sentido defendendo que os 27 precisam de “carregar no travão” à migração ilegal na União Europeia…
Veja a apuração completa no site Observador 🇵🇹