PR e PM preferiram jogo a homenagem a vítimas?

Apurado pelo site Observador 🇵🇹

Homenagem a vítimas dos incêndios de 2017 envolta em polémica depois de abertura do monumento sem inauguração oficial. Mas Presidente e primeiro-ministro não estavam no futebol quando foi inaugurado.
Fact Check. Marcelo e Costa preferiram ver jogo da seleção a homenagear vítimas dos incêndios de 2017?

Homenagem a vítimas dos incêndios de 2017 envolta em polémica depois de abertura do monumento sem inauguração oficial. Mas Presidente e primeiro-ministro não estavam no futebol quando foi inaugurado.

A abertura do monumento de homenagem às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande criou problemas políticos ao Governo, já que no dia em que aconteceu nenhuma alta figura do Estado esteve presente e isso foi notado nas redes sociais, como é o caso da publicação aqui em análise. No entanto, a inauguração oficial foi apenas marcada depois disso, para 27 de junho — e já com a presença de membros do Governo e do Presidente da República.

A publicação deste utilizador do Facebook diz que, “exatamente 7 anos decorridos sobre a desgraça de Pedrógão”, Marcelo e Costa “preferiram ir ver a seleção jogar com a Bósnia, que irem inaugurar e prestar homenagem às cerca de 150 vítimas dos incêndios de 1977”. E pergunta: “Até quando vamos permitir estas situações?” A acompanhar o texto, uma imagem do mural com os nomes das vítimas dos incêndios de 2017 por baixo de uma outra fotografia, do Presidente da República e do primeiro-ministro, lado a lado, no jogo de qualificação para o Europeu de futebol de 2024 disputado a 17 de junho deste ano.

O texto desta publicação tem, logo à partida, três erros de deteção imediata. O primeiro é quando refere que decorreram “exatamente 7 anos” sobre os incêndios de Pedrógão Grande. A tragédia aconteceu a 17 de junho de 2017, logo, fez agora seis anos e não sete. O segundo é o número de mortos que é referido, com o texto a dizer que foram “cerca de 150” as vítimas dos incêndios nessa altura quando, na realidade, nesse dia morreram 66 pessoas. O mural tem, no entanto, o nome de 115 vítimas, somando também as 49 que morreram nos incêndios de 15 de outubro do mesmo ano, o que também fica longe das 150 vítimas mortais referidas na publicação. O terceiro erro é o ano referido: a publicação fala em 1977, quando os factos ocorreram em 2017…

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