FALSO: Vacinas de mRNA adicionadas a alimentos e bebidas?

Apurado pelo site Observador 🇵🇹

A pandemia continua a marcar, de forma intensa, as interações nas redes sociais. Está a ser preparada uma nova estratégia de vacinação através de saladas, vacas e leite? Não é verdade.
Fact Check. Vacinas de mRNA adicionadas a alimentos e bebidas?

A pandemia continua a marcar, de forma intensa, as interações nas redes sociais. Está a ser preparada uma nova estratégia de vacinação através de saladas, vacas e leite? Não é verdade.

“Está decidido”, garante-se nas redes sociais. As vacinas de mRNA vão ser “adicionadas a alimentos, animais e leite”. Uma publicação no Facebook partilha a dita “agenda” para 2030, com o título “Coma uma salada e vacine-se“, e ainda dá outros dois exemplos sobre como alegadamente funcionaria esta nova tecnologia: “Coma uma vaca e vacine-se” ou “beba um leite e vacine-se”.

Depois da introdução é partilhado um vídeo com o seguinte título: “Vacinas de mRNA serão adicionadas a alimentos e animais.” É dobrado de inglês para português com recurso a uma aplicação e apresenta a tese de Aaron Kheriaty, psiquiatra e especialista em ética na medicina, que alerta para uma mudança do paradigma médico que daria o “nível de controlo sobre as liberdades das pessoas com que os ditadores do passado apenas sonharam”.

Vamos então por fases. Quem é Aaron Kheriaty? O psiquiatra dedica grande parte das suas redes sociais a publicações relativas à pandemia de Covid-19. Afixado está o tweet no qual promove o seu livro “The New Abnormal: The Rise of the Biomedical Security State”, ou, numa tradução livre “O Novo Anormal: A Ascensão Do Estado de Segurança Médica” e assinala um ano, desde que a Escola de Medicina da Universidade da Califórnia o demitiu por não cumprir com as regras relativas à vacinação contra a Covid-19.

Além do historial crítico de Aaron Kheriarty contra as vacinas e as medidas restritivas contra a Covid-19 (que levaram até à sua demissão da Universidade da Califórnia) importa assinalar que o psiquiatra não pode ser considerado especialista em vacinação, uma vez que não tem nenhuma formação nesse campo e que não encontramos nenhum registo nas suas redes sociais ou nos seus trabalhos académicos sobre a vacinação contra a Covid-19 através de alimentos…

Veja a apuração completa no site Observador 🇵🇹