Apurado pelo site Observador 🇵🇹
Circulam nas redes sociais alegações que o médico Vladimir Zelenko, “que incentivava o tratamento precoce da Covid-19 com hidrocloroquina, azitromicina e zinco” foi nomeado para o prémio.
Fact Check. Nomeação de defensor da cloroquina para tratamento da Covid-19 para o Nobel da Paz valida tese defendida por Zelenko?
Circulam nas redes sociais alegações que o médico Vladimir Zelenko, “que incentivava o tratamento precoce da Covid-19 com hidrocloroquina, azitromicina e zinco” foi nomeado para o prémio.
O médico norte-americano, defensor da cloroquina para o tratamento da Covid-19, é um dos últimos protagonistas das publicações que circulam nas redes sociais sobre a doença. Vladimir Zelenko defendia a utilização de um cocktail de medicamentos para tratar uma infeção pelo coronavírus e tornou-se conhecido depois de Donald Trump se ter referido ao suposto tratamento. Várias publicações partem da alegação de que Zelenko foi nomeado para a atribuição do Prémio Nobel da Paz e que isso valida a posição de quem, como Jair Bolsonaro, defendeu o recurso à cloroquina para o tratamento da Covid — e isso torna esta publicação falsa.
Zelenko começou a utilizar hidrocloroquina, azitromicina e zinco quando a Covid-19 começou a surgir na sua comunidade, no estado de Nova Iorque, como explica esta notícia do New York Times. A autoridade do medicamento norte-americana, a Food and Drug Administration, deu uma autorização de emergência para que os médicos pudessem prescrever hidroxicloroquina e cloroquina, para tratar a Covid-19. No entanto, vários estudos mostram que o tratamento não é eficaz. Um deles, publicado no New England Journal of Medicine, conclui que, “após exposição de alto risco ou risco moderado” ao novo coronavírus, “a hidroxicloroquina não preveniu doenças compatíveis com a Covid-19 ou infeção confirmada quando usada como profilaxia pós-exposição dentro de quatro dias após a exposição”.
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