FALSO: PM não invadiu QG do Exército para prender Mauro Cid

Apurado pelo site Aos Fatos

Não é verdade que um vídeo mostra a Polícia Militar invadindo o Quartel-General do Exército em Brasília para buscar o tenente-coronel Mauro Cid. O vídeo compartilhado nas redes foi gravado logo após os atos golpistas de 8 de janeiro e mostra policiais sendo impedidos pelo Exército de entrar em um acampamento bolsonarista. Essa peça de desinformação se baseia em uma outra publicação enganosa que circulou nas redes e que afirmava que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) teria sido resgatado da prisão pelas Forças Armadas. Cid está preso em uma unidade prisional militar, como determina a lei.

Essa peça de desinformação acumula centenas de compartilhamentos no Facebook e centenas curtidas no Instagram nesta terça-feira (9). O conteúdo também circula no WhatsApp, plataforma em que não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).

Publicações nas redes têm compartilhado um vídeo gravado logo após os atos golpistas de 8 de janeiro para sugerir que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes teria ordenado à PM que invadisse o Quartel-General do Exército em Brasília para resgatar o tenente-coronel Mauro Cid. As peças se baseiam em uma outra publicação enganosa, já desmentida pelo Aos Fatos, que afirma que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro teria sido libertado da prisão pelo Exército. Cid, na verdade, está preso preventivamente desde o dia 3 de maio em uma unidade prisional militar, conforme determina a lei.

O vídeo que acompanha a peça de desinformação foi gravado entre a noite de 8 de janeiro e a madrugada do dia seguinte e mostra o momento em que a Polícia do Exército formou um cordão para impedir que a PM de Brasília alcançasse um acampamento bolsonarista localizado em frente ao quartel-general. Segundo o Exército, os policiais foram impedidos porque tentaram entrar no Setor Militar Urbano sem o aval das Forças Armadas. É possível encontrar registros do momento no Kwai e no TikTok…

Veja a apuração completa no site Aos Fatos