Publicação indica que um cientista inventou em 1934 uma máquina que mataria células cancerígenas com ondas de baixa energia. Tecnologia existe e está a ser testada, mas não há evidências suficientes.
Apurado pelo site Observador 🇵🇹
Fact Check. A cura para o cancro foi encontrada em 1934, mas foi proibida?
Publicação indica que um cientista inventou em 1934 uma máquina que mataria células cancerígenas com ondas de baixa energia. Tecnologia existe e está a ser testada, mas não há evidências suficientes.
Uma publicação disseminada no Facebook afirma que o cientista Royal Raymond Rife inventou uma cura para o cancro em 1934, mas que a solução foi “censurada”. De acordo com o conteúdo, o investigador conseguiu isolar um microorganismo chamado “15 Vírus”, que se encontraria em células cancerígenas, através da “ressonância de frequência de luz”.
“Era possível destruir o organismo de uma forma natural e parcialmente indolor. Por isso, essa luz em questão era responsável por destruir apenas tecidos já corrompidos, preservando os que ainda se encontravam num estado saudável”, afirma-se no vídeo. No entanto, não há evidências de que esta tecnologia consegue realmente eliminar os tecidos cancerígenos em pessoas doentes.
Em resposta enviada ao Observador, Vítor Farricha, cirurgião do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, apontou que não existe qualquer referência ao aparelho inventado por Royal Raymond Rife no Pubmed, que é o maior motor de buscar de literatura científica publicada. “Em suma, não existe qualquer tipo de evidência sobre a segurança ou a eficácia deste tipo de tecnologia“, resume o médico.
Essa tecnologia ficou conhecida como “Rife” ou “Gerador de Frequência Rife” e produz ondas de baixa energia, isto é, campos eletromagnéticos de radiofrequência. “Têm baixa energia em comparação com raios-x ou radioterapia, que produz alta energia.”, comparou Vítor Farricha na explicação prestada ao Observador…