Uma publicação no Facebook sugere que a China conseguiu criar, e está a vender, uma mulher artificial. Mas as imagens partilhadas não passam de um robot criado para um videojogo.
Apurado pelo site Observador 🇵🇹
Fact Check. China fabricou mulher artificial que custa 36 mil euros e funciona com Inteligência Artificial?
Uma publicação no Facebook sugere que a China conseguiu criar, e está a vender, uma mulher artificial. Mas as imagens partilhadas não passam de um robot criado para um videojogo.
Uma mulher feita de silicone, que não tem alma, nem precisa de comer, “sem discussões, sem exigências ou ordens”. Esta descrição tem sido partilhada nas redes sociais, sugerindo que a China fabricou uma “mulher artificial” e que o produto já foi lançado no mercado. “Uma única carga funcionará por 72 horas sem interrupção”, refere a publicação partilhada a 14 de abril. E mais: “Funciona com inteligência artificial, portanto, pode falar qualquer idioma com 99% de precisão.”
A informação que circula nas redes sociais refere ainda que a empresa responsável pela alegada criação de uma mulher artificial está também a preparar a entrada no mercado indiano “para atingir a juventude da Índia”, que é neste momento o país mais populoso do mundo, com cerca de 1400 milhões de habitantes, tendo já ultrapassado a China. “Cozinha, faz o dever de casa, sem discussões, sem exigências ou ordens”, acrescenta o texto que acompanha um vídeo que mostra a suposta “mulher artificial”.
Mas no vídeo partilhado pode ouvir-se que a suposta mulher criada pela China diz que o seu nome é Chloe, pergunta ao interlocutor qual é o nome dele e acrescenta: “Sou a primeira assistente pessoal construída pela CyberLife.” Ora, a CyberLife não é mais do que uma empresa que cria androides, ou robots, para videojogos. Aliás, o vídeo que circula no Facebook é parte de uma partilha feita pela PlayStation em 2018, no Youtube, a propósito de um jogo chamado “Detroit — Become Human”…