Apurado pelo site Aos Fatos
Não é verdade que um ofício enviado pelo Ministério de Minas e Energia à Receita Federal em novembro de 2021 prove que o governo Bolsonaro tentou reaver joias apreendidas com uma comitiva da pasta no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para incorporá-las ao acervo da Presidência. Além de o documento não ser o procedimento adequado para a liberação dos itens, há provas documentais de que o gabinete presidencial tentou, em ocasiões posteriores, retirar os supostos presentes de maneira ilegal.
Publicações com a alegação enganosa acumulam centenas de compartilhamentos no Facebook e milhares de curtidas no Instagram. A peça de desinformação também circula no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
Publicações nas redes citam um ofício enviado pelo Ministério de Minas e Energia à Receita Federal como se o documento provasse que o governo Bolsonaro teria tentado liberar as joias apreendidas para incorporá-las ao acervo público da Presidência da República. O documento, no entanto, não é o procedimento correto para a retirada de itens e não prova que a gestão anterior tentou fazer com que as joias fossem entregues ao acervo correto.
Além disso, relatos e posicionamentos da própria Receita Federal mostram que o governo Bolsonaro foi informado reiteradas vezes sobre quais os documentos e as ações necessárias para que as joias fossem entregues ao acervo da Presidência da República, sem cobrança de impostos…