Memorando trazia corte de pensões entre 3 e 10%?

Anos da troika trouxeram cortes nas pensões ao oaís, com o Memorando a ser assinado por um Governo e muitas das medidas a surgirem com o Executivo que se seguiu. O que dizia o texto original?

Apurado pelo site Observador 🇵🇹

Fact Check. Memorando da troika consagrava corte de pensões entre 3% e 10%?

Anos da troika trouxeram cortes nas pensões ao oaís, com o Memorando a ser assinado por um Governo e muitas das medidas a surgirem com o Executivo que se seguiu. O que dizia o texto original?

A acusação remete para os tempos da troika em Portugal, entre 2011 e 2014, e o Memorando de entendimento que foi assinado entre o país e a equipa que negociou o resgate financeiro, composta por representantes do Fundo Monetário Internacional, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia. “Na página 3 do memorando que os sacanas xuxalistas, depois de levarem Portugal à bancarrota, assinaram com a troika, comprometeram-se a fazer um corte nas pensões entre 3 e 10%. A culpa não foi nem nunca será do Passos Coelho”, dita esta publicação.

A página número três do Memorando consultado pelo Observador elenca, entre várias outras medidas, duas concretas sobre as pensões. “Reduzir as pensões acima de 1.500 euros, de acordo com as taxas progressivas aplicadas às remunerações do setor público a partir de janeiro de 2011, com o objetivo de obter poupanças de, pelo menos, 445 milhões de euros”; e, ainda, “suspender a aplicação das regras de indexação de pensões e congelar as mesmas, exceto para as pensões mais reduzidas, em 2012.”

Na altura em que o acordo foi negociado e assinado, ainda estava em funções o Governo socialista liderado por José Sócrates, que tinha sido reeleito primeiro-ministro em 2011. Nesse documento não constava a aplicação de um corte entre 3% e 10%, apenas um objetivo de poupança com a redução das pensões mais altas…

Veja a apuração completa no site Observador 🇵🇹