Publicação viral alega que medicamento contém um vírus perigoso. É falso.
Apurado pelo site Observador 🇵🇹
Fact Check. Paracetamol 500 contém “um dos vírus mais perigosos do mundo e com alta taxa de mortalidade”?
Publicação viral alega que medicamento contém um vírus perigoso. É falso.
Uma publicação do passado dia 6 de fevereiro garante que existe um medicamento com circulação no mercado que contém um vírus. “Cuidado para não tomar paracetamol que vem escrito p/500. É novo, muito branco e brilhante, contém o vírus ‘Machupo’, considerado um dos vírus mais perigosos do mundo”. Este texto alarmante vem associado com uma suposta imagem do tal medicamento. Trata-se, no entanto, de uma publicação falsa.
Olhando para o que foi escrito pelo autor, nenhuma da informação partilhada vem confirmada por qualquer tipo de notícia ou fonte oficial. Nem sequer se sabe em que país estará o medicamento a ser comercializado. Antes da verificação do argumento principal espelhado na publicação, é importante dizer que o vírus referido existe e faz parte da família dos vírus Arenaviridade. Pode causar febre hemorrágica e ser transmitido de roedores para seres humanos.
Depois, é necessário esclarecer que este medicamento não se encontra em Portugal. “O medicamento P-500 não tem autorização de introdução no mercado em Portugal. Por outro lado, feita a pesquisa dos alertas de qualidade que o Infarmed recebeu nos últimos três anos, apurou-se que não houve nenhuma suspeita de defeito de qualidade reportada para este medicamento”, defendeu este instituto em declarações ao Observador.
Além disso, o Infarmed fez uma pesquisa “nas listagens submetidas pela Autoridade Tributária”, que servem para identificar e impedir a entrada “de medicamentos falsificados no país”. É também importante referir que qualquer tipo de medicamentos deve ser adquirido em farmácias ou locais de venda (não sujeitos a receita médica) que são autorizados pelo Infarmed. “A aquisição fora dos locais autorizados não garante a autenticidade, qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos adquiridos”, disse o Infarmed…