FALSO: É falso que vacinas bivalentes contra Covid-19 só foram testadas em camundongos

Vídeo publicado por médico infectologista apresenta desinformação sobre o imunizante bivalente da Pfizer. Ao contrário das alegações feitas no conteúdo, a nova vacina passou por testes em humanos para que pudesse ser aplicada no público geral. 

Apurado pelo site Lupa

Circula nas redes sociais um vídeo em que o médico Francisco Cardoso afirma que o teste das vacinas bivalentes contra Covid-19 foi realizado apenas em camundongos. Ele diz ainda que o imunizante não oferece segurança e que poderia causar mais efeitos colaterais em comparação com a vacina monovalente. Após ser procurado pela reportagem, ele apagou o vídeo original. Por meio do ​projeto de verificação de notícias​, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa​:

Os estudos que autorizaram a primeira vacina bivalente, a BA.1 e a monovalente, a primeira vacina bivalente da Pfizer foram autorizadas emergencialmente pela FDA baseado (…) em um estudo feito com oito camundongos

A informação analisada pela Lupa é insustentável. Além das testagens em ratos, foram feitos testes em humanos no estudo da vacina bivalente. No fim de agosto, o FDA (Food and Drug Administration, órgão estadunidense que tem papel similar ao da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, no Brasil) publicou um texto sobre a aprovação do uso do imunizante. O órgão apresentou os resultados dos estudos realizados com pessoas e analisou a eficácia e segurança da vacina bivalente.

Para avaliar a eficácia de uma dose única de reforço com a vacina bivalente da Pfizer-BioNTech em indivíduos com 12 anos de idade ou mais, o FDA analisou dados sobre a resposta imune entre cerca de 600 adultos com mais de 55 anos que receberam anteriormente duas doses iniciais e uma dose de reforço da vacina monovalente da Pfizer-BioNTech. Parte dessas pessoas recebeu uma segunda dose de reforço da vacina monovalente da Pfizer, enquanto a outra parcela foi imunizada com a vacina bivalente experimental (original e ômicron BA.1) 4,7 a 13,1 meses após a primeira dose de reforço. Nesse estudo, a resposta imune dos participantes que receberam a vacina bivalente foi melhor contra a subvariante ômicron BA.1 do que a daqueles que receberam a vacina monovalente…

Veja a apuração completa no site Lupa