Apurado pelo site UOL Confere
Publicações que circulam pelas redes sociais enganam ao afirmar ser recente o vídeo de uma refém israelense reencontrando sua família após ser libertada pelo Hamas.
De fato, a mulher foi solta após ficar nas mãos do grupo terrorista, mas o caso aconteceu em 2023. Ela ficou em cativeiro por 54 dias, e não um ano. Os posts desinformativos tentam relacionar o episódio ao acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, acertado no último domingo (19).
“VEJA: Jovem que era refém do Hamas a mais de 1 ano se reencontra com os pais após ser liberta pelo grupo e vídeo viraliza na web: ‘Deve ter sofrido muito. A vida dela nunca mais será a mesma'”, diz o texto da publicação.
Abaixo, ao lado da foto de um homem armado e encapuzado, há um vídeo que mostra uma mulher andando com dificuldade. Ela é abraçada longamente por uma mulher e por um homem e, depois, brinca com um cachorro. Não há qualquer referência sobre a data ou o local em que a cena foi registrada.
Vídeo mostra refém libertada pelo Hamas em 2023. Por meio de uma busca reversa (veja abaixo), é possível identificar que a cena foi gravada em novembro de 2023, e não em 2025, como afirmam as peças desinformativas. As imagens são do reencontro de Moran Stella Yanai com sua família, em cenas também registradas pelo governo israelense no centro médico de Sheba (aqui e abaixo, em inglês).
Mulher ficou 54 dias como refém do Hamas. A designer de joias, de 40 anos, foi capturada pelo grupo terrorista em 7 de outubro de 2023, quando havia levado algumas das peças que criou para vendê-las durante o festival de música Supernova, em região distante cerca de 20km da Faixa de Gaza (aqui). O local foi atacado por membros do Hamas e Moran conseguiu inicialmente escapar de dois grupos de terroristas, mas foi capturada depois. Entre as tentativas de fuga, ela fraturou o tornozelo. Um médico até fez uma proteção no local, arrancada pouco depois pelos sequestradores. Moran contou ter sofrido terror psicológico constante após ser espancada e ter uma arma apontada para sua cabeça. Ela disse não ter sido estuprada, mas ouviu relatos de outras mulheres que foram abusadas no cativeiro (aqui, , em inglês)…
Veja a apuração completa no site UOL Confere