Falso: Operação Shadow não revela organização criminosa dentro do STF; entenda

Apurado pelo site UOL Confere

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Shadow para desmantelar uma organização criminosa investigada por tráfico de drogas. Os entorpecentes eram vendidos para colaboradores de órgãos públicos, de acordo com a polícia. Vídeo publicado nas redes sociais utiliza fatos da ação policial para dizer, erroneamente, que há uma organização criminosa dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Os apontamentos não têm fundamento, conforme apuração do Comprova.A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Shadow para desmantelar uma organização criminosa investigada por tráfico de drogas. Os entorpecentes eram vendidos para colaboradores de órgãos públicos, de acordo com a polícia. Vídeo publicado nas redes sociais utiliza fatos da ação policial para dizer, erroneamente, que há uma organização criminosa dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Os apontamentos não têm fundamento, conforme apuração do Comprova.

Conteúdo analisado: Vídeo utiliza a Operação Shadow, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), contra uma rede organizada de tráfico de drogas para afirmar que há uma organização criminosa dentro do Supremo Tribunal Federal. Autor da publicação diz que a investigação revela “um dos maiores escândalos que o Brasil já teve” e complementa: “Agora eu entendo porque todo traficante é liberado no STF”.

Onde foi publicado: X.

Contextualizando: No dia 10 de outubro, a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a Operação Shadow para desarticular uma organização criminosa que vendia drogas para colaboradores e servidores de órgãos públicos. Com base na ação, um vídeo foi publicado nas redes sociais sugerindo que o tribunal teria interesse em “liberar traficantes” e “legalizar a maconha”. A operação realmente ocorreu e foi desencadeada pela Polícia Civil, no entanto, a publicação descontextualiza a ação policial ao insinuar que as investigações revelaram que dentro do STF existe uma “organização criminosa”.

Na realidade, a operação coordenada pela 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal prendeu quatro suspeitos de atuarem como fornecedores de drogas e não cita que eles tenham vínculo empregatício ou exerçam algum cargo no STF. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Samambaia e Ceilândia, no Distrito Federal, e Águas Lindas, em Goiânia.

O vídeo também indica Douglas Ramos da Silva, de 36 anos, como funcionário terceirizado do STF e responsável por distribuir os entorpecentes aos servidores de órgãos públicos. De fato, antes da operação ser deflagrada, as investigações o identificaram como envolvido na comercialização ilegal de drogas…

Veja a apuração completa no site UOL Confere