Apurado pelo site Observador 🇵🇹
Vários utilizadores do Facebook chamam “relógio da morte” a um smartwatch que foi encostado a um medidor de radiação. Mas as radiações emitidas por estes aparelhos não representam qualquer perigo.
Vários utilizadores do Facebook chamam “relógio da morte” a um smartwatch que foi encostado a um medidor de radiação. Mas as radiações emitidas por estes aparelhos não representam qualquer perigo.
Está a circular insistentemente na rede social Facebook um vídeo, repartilhado quase sempre usando a mesma retórica, em que alegadamente se demonstram os efeitos nocivos que os smartwatches originam na saúde humana. “Não é um smartwatch, é um relógio da morte”, escreve um dos utilizadores, partilhando um vídeo em que alguém encosta um destes aparelhos a um medidor de radiação EMF, fazendo com que o medidor atinja a escala máxima e emita um ruído de alerta.
Mas serão estes aparelhos, cujo uso está fortemente disseminado em todo o mundo, um perigo para a saúde humana? Ao Observador, o professor Pedro António de Brito Tavares, especialista em bioquímica das radiações, começa por explicar que, no vídeo, o que se está a medir são as emissões RF, “que normalmente estão entre 100 kHz e 300 GHz”.
“Isto é a radiação utilizada para transmitir rádio, televisão, Bluetooth, WiFi, microondas, etc. Na verdade, vivemos rodeados deste tipo de radiação porque todos temos múltiplos aparelhos, desde telefones a headfones sem fios, passando por computadores, tablets, e todos os gadgets (inteligentes). Provavelmente, se encostarem o medidor a outro aparelhos em casa vão obter o mesmo tipo de ‘medição alarmante’”, sublinha o professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, num tom irónico, deixando a nota de que não são só os smartwatches que fazem disparar a medição se encostados ao aparelho medidor…
Veja a apuração completa no site Observador 🇵🇹