Apurado pelo site Observador 🇵🇹
Circulam nas redes publicações a dar conta de que homem morto por PSP com arma de serviço era brasileiro, assim como a suposta cúmplice. É ainda referido que ambos sequestraram polícia. Será verdade?
Circulam nas redes publicações a dar conta de que homem morto por PSP com arma de serviço era brasileiro, assim como a suposta cúmplice. É ainda referido que ambos sequestraram polícia. Será verdade?
Desde o início do mês surgiram diversas publicações no Facebook com uma fotografia do homem que foi morto por um agente da PSP na madrugada de 1 de abril, no interior do apartamento onde o polícia vivia, em Lisboa. Segundo os utilizadores, Amílcar Pinto, de 50 anos, sequestrou o agente “pelo método de carjacking”, tendo o disparo fatal com arma de serviço sido feito em legítima defesa. As publicações dão ainda conta de que tanto o suposto sequestrador como a mulher que o acompanhava, e que seria cúmplice do assalto, eram de nacionalidade brasileira. Mas será verdade esta versão que circula nas redes sociais?
“Depois de humilhar o agente da autoridade, contando com a co-autoria de uma mulher, também de nacionalidade brasileira, a vítima foi obrigada a levantar dinheiro no multibanco e convenceu os sequestradores a o acompanhar a casa onde teria mais dinheiro”, refere a publicação do Facebook, que foi partilhada por muitos utilizadores, acrescentando que “com a preparação a que está obrigado profissionalmente [o agente] teve sangue frio para tentar deter o agressor depois de estar na posse da sua arma de serviço”. E rematam: “Perante nova ameaça o PSP disparou tendo atingindo o criminoso no tórax.”
Começando pelas nacionalidades dos envolvidos, é falso que o homem morto e a mulher detida junto à casa do agente da PSP — e que é apontada como cúmplice do suposto sequestro — sejam brasileiros. Ao Observador, fonte oficial da PSP revelou que ambos são portugueses. Também a Polícia Judiciária confirmou oficialmente tratar-se de cidadãos nacionais.
Mas esse não é o único ponto em que são referidas informações falsas ou enganadoras. É que a publicação dá como certa a versão do agente da Unidade Especial de Polícia (UEP), de que tudo se tratou de um sequestro, quando a investigação da Polícia Judiciária ainda está numa fase inicial. Ao Observador, fonte oficial da PJ afirma não ser possível ainda concluir pela tese de “sequestro pelo método de carjacking”, lembrando que a investigação está ainda numa fase inicial. Ou seja, são ainda várias as linhas de investigação em cima da mesa…
Veja a apuração completa no site Observador 🇵🇹