Apurado pelo site Cotejo 🇻🇪
Por José Rivas
No dia 23 de janeiro, Julio García Zerpa, deputado e vice-presidente da comissão de Política Interna da Assembleia Nacional, expressou durante uma entrevista: “ Não temos superlotação nos centros preventivos, não temos superlotação nos centros penitenciários ”.
No programa Al Instante do circuito da Rádio Unión, o membro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) acrescentou que a população carcerária foi reduzida em 40% em todo o país.
No entanto, a superlotação na Venezuela não é algo novo nem começou com a Complexa Emergência Humanitária. Em 2009, um relatório do Observatório das Prisões da Venezuela (OVP) detalhou que as instalações prisionais estavam “deterioradas” e “ insuficientes ”.
Em 2012, esta organização indicava no seu relatório que havia 48.282 reclusos quando a capacidade prisional não ultrapassava os 17.000, o que deixava uma sobrelotação de 192%. Nessa altura, foi avisado que deveria ser desenvolvido um plano para a construção de prisões.
Em 2015, a ONG Acceso a la Justicia estimou que havia três vezes mais presos que a capacidade máxima das prisões na Venezuela , problema gerado pela falta de centros penais, pequeno orçamento penitenciário, corrupção, somado a um grave atraso processual que pode manter pessoas sem sentença por até mais de sete anos…
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