Apurado pelo site Aos Fatos
Não é verdade que um projeto da Câmara de Vereadores de Apodi (RN) que permitia o sacrifício de animais de rua previa o uso da carne de cães abatidos em merendas de escolas e creches municipais, como alegam publicações nas redes. Vetado pelo prefeito, o projeto determinava a destinação a instituições de ensino apenas das carnes de animais culturalmente consumidos por brasileiros — o que exclui cachorros.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 150 mil visualizações no Tik Tok e centenas de curtidas no Instagram até a tarde desta quarta-feira (27). As peças enganosas circulam também no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
Posts nas redes enganam ao alegar que um projeto de lei da Câmara Municipal de Apodi (RN) autorizava o poder público a abater cães abandonados e usar sua carne como ingrediente para a merenda de instituições municipais de ensino. A proposta, que foi integralmente vetada pelo prefeito, previa apenas a destinação da carne de animais culturalmente consumidos por brasileiros, o que exclui os cães. Animais cuja carne não pudesse ser consumida seriam doados ou sacrificados.
É importante ressaltar que uma lei federal proíbe a eutanásia de cães e gatos saudáveis pelo poder público. De acordo com o texto, sancionado em 2021, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), os animais só podem ser abatidos por órgãos de zoonose, canis públicos e estabelecimentos similares em caso de doenças graves ou infectocontagiosas incuráveis que coloquem em risco a saúde humana e de outros animais…
Veja a apuração completa no site Aos Fatos