Falso: Barroso não mentiu ao afirmar que autoridades defenderam contagem manual dos votos

Apurado pelo site Aos Fatos

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso não mentiu ao afirmar que autoridades propuseram implementar a contagem manual dos votos nas eleições brasileiras. As peças de desinformação que fazem essa alegação compartilham um trecho de um discurso de 2022 em que o magistrado diz ter se oposto à proposta e é então chamado de mentiroso por uma pessoa na plateia. Em substitutivo apresentado em 2021 à chamada PEC do Voto Impresso, o deputado Filipe Barros (PL-PR) de fato defendeu a contagem manual dos votos, proposta posteriormente rejeitada pela Câmara.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam ao menos 40 mil compartilhamentos no Facebook nesta sexta-feira (21). As peças de desinformação circulam também na plataforma de vídeos curtos Kwai.

Publicações nas redes compartilham um trecho de um discurso do ministro Luís Roberto Barroso no evento Brazil Forum UK, ocorrido no ano passado em Londres, na Inglaterra, para afirmar que o magistrado mentiu ao dizer que autoridades defenderam um sistema de contagem manual dos votos para as eleições brasileiras. Ao dizer que se opôs à medida, Barroso foi interrompido por uma pessoa na plateia, que o chamou de “mentiroso”. É fato, no entanto, que o deputado Filipe Barros, relator da PEC 135/2019, conhecida como PEC do Voto Impresso, fez proposta semelhante em 2021.

Em substitutivo apresentado em junho daquele ano ao projeto da deputada Bia Kicis (PL-DF), Barros defendeu que “(…) a apuração dos votos dar-se-á exclusivamente de forma manual, por meio de contagem de cada um dos registros impressos de voto, em contagem pública nas seções eleitorais, com a presença de eleitores e fiscais de partido”. A proposta, defendida pela base do governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), foi rejeitada pela comissão especial criada para analisar a PEC…

Veja a apuração completa no site Aos Fatos